terça-feira, 29 de dezembro de 2009

dando meia volta, caminho conturbado

E se sim, chegaste ao fim, quem sabe onde queria, desejou, e ate mesmo rezou para estar. Nao e o que te parecia? Estava totalmente enganada, no fundo, sabia, que era mais uma invencao maluca, afinal, nesse meu mundo, ao menos de monotonia nao se morre. Preferia morrer afogada, do que entediada. E aquela historia do preco, que a Danuza falou ali embaixo. Qual a gente esta diposto a pagar? Podemos ter todo o dinheiro do mundo, mas nao a liberdade. Ou podemos ser pobres, e ter toda a liberdade. Ou os dois? Ou nenhum? E isso ai. Qual a gente esta disposto a pagar? Eu pensei que o preco seria mais baixo, eu mesma tabelei ele alto demais, e agora estou penando para pagar. As minhas escolhas nao sao as mesmas, mas me levam sempre para o mesmo final, todos uma tragedia, obviamente. Se nao, minha historia ja tinha virado romance no cinema, ou desenho animado da disney. Nao posso culpar o destino, o universo, ou Deus por nada, todas as escolhas foram minhas, o que torna o fardo maior ainda de carregar. E essa tal felicidade, que eu chamo e busco, claro, totalmente desconhecida, nao tenho ideia por onde deve andar. Parece que esta cada vez mais distante , e nem correndo, consigo alcanca la.
Esse ano chegando ao fim, muito mais rapido do que eu mesma imaginei. Tenho sempre a impressao que o tempo passa muito devagar, as horas, os minutos, sempre arrastados... os dias, as semanas, os meses, entao... ah! nem me fale. E olha so, aqui estamos, sem idealizacoes para esse novo ano, sem expectativas. Nunca sei o que e pior, te las e se frustar, ou nao te las, e se conformar com qualquer coisinha que nos cruza o caminho. Vamos tentando aprender, vamos nos educar a ter paciencia.No meu caso, eu digo. Estou com pressa para que, minha gente ? Aonde estou indo? Eu realmente achei que fosse ser diferente, da ultima vez que estive aqui, me mudou completamente, voltei com outra cabeca,e muito, muito, muito mais animada. Talvez, eu nao tenha mais o que mudar em mim, ja conheco todas as faces que sou capaz de ter,e desculpe a pre potencia, mas conheco todas as faces que o mundo pode me mostrar tambem. Entao, nada novo. Conheco os caminhos de cor e salteado, e os finais entao, super batidos. Apesar de aventurados, muito cliche essa vida nossa.Todas essas reclamacoes e ambicoes. Quem do fundo do coracao nao quer ser feliz, afinal. Mas quantos tem coragem de bancar essa felicidade, e pagar o preco necessario para te la? Quero um dia fazer as coisas, e conseguir bancar minhas decisoes. Ou sera que sofro, porque ja estou bancando? Bem contraditorio. Eu sempre penso que vou conseguir fazer algo, e no fim, descubro que e pesado demais para mim. Prefiro ficar mais leve, na rotina, dentro da minha bolha, onde eu consiga alcancar minhas necessidades, que sao sempre muitas. Me tornei uma estranha para mim mesma. Pensei mesmo que ia me fazer bem, mas como poderia prever? Tento dialogar comigo mesma, e me implorar: Nao se culpe, nao negue, caminho conturbado, certo? De meia volta, e vamos pegar o atalho. Sendo assim, quem pode saber onde as coisas vao parar. Depende, eu prefiro pagar o preco para ver. E voce?

domingo, 20 de dezembro de 2009

" Abriu-se uma nova vida para mim. Podia sair a hora que quisesse, ir para onde quisesse, voltar na hora que quisesse, essas coisas tao banais, mas tao importantes. Minha liberdade era total;procurei tirar da cabeca os ultimos anos que tinha vivido e me preparei para outra etapa. Nao sabia o que me esperava,mas,fosse o que fosse,estava firmemente decidida: a partir daquele momento, a unica dona de minha vida seria eu. Mas essas determinacoes tem um preco: houve(e ainda ha)longos momentos de solidao,sem ninguem com quem dividir dores e alegrias;houve dias em que eu olhava para o telefone esperando que ele tocasse,para nao me sentir tao so.Mas cada um e de um jeito, e o meu, e esse, e nao me arrependo. Afinal, a escolha foi minha".
danuza leao

enquanto a inspiracao nao vem, fico colacando textos e poemas de outras pessoas que eu gosto. No fundo, nao tem nada que eu possa escrever que ja nao tenha sido escrito. Nao ha nada que eu possa sentir, que ja nao tenha sido sentido, e por ai vai ... e so para deixar claro, eu sei escrever com acento, mas o notebook esta todo desconfigurado, entao vai assim mesmo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Este poema é dedicado a um americano simpático, extrovertido e podre de rico, em cuja casa estive poucos dias antes da minha volta ao Brasil, depois de cinco anos de Los Angeles, E.U.A. Mr. Buster não podia compreender como é que eu, tendo ainda o direito de permanecer mais um ano na Califórnia, preferia, com grande prejuízo financeiro, voltar para a "Latin America", como dizia ele. Eis aqui a explicação, que Mr. Buster certamente não receberá, a não ser que esteja morto e esse negócio de espiritismo funcione.

Olhe Aqui, Mr. Buster

Olhe aqui, Mr. Buster: está muito certo que o Sr. tenha um apartamento em Park Avenue e uma casa em Beverly Hills. Está muito certo que em seu apartamento de Park Avenue o Sr. tenha um caco de friso do Partenon, e no quintal de sua casa em Hollywood um poço de petróleo trabalhando de dia para lhe dar dinheiro e de noite para lhe dar insônia. Está muito certo que em ambas as residências o Sr. tenha geladeiras gigantescas capazes de conservar o seu preconceito racial
Por muitos anos a vir, e vacuum-cleaners com mais chupo
Que um beijo de Marilyn Monroe, e máquinas de lavar
Capazes de apagar a mancha de seu desgosto de ter posto tanto dinheiro em vão na guerra da Coréia.
Está certo que em sua mesa as torradas saltem nervosamente de torradeiras automáticas
E suas portas se abram com célula fotelétrica. Está muito certo
Que o Sr. tenha cinema em casa para os meninos verem filmes de mocinho
Isto sem falar nos quatro aparelhos de televisão e na fabulosa hi-fi
Com alto-falantes espalhados por todos os andares, inclusive nos banheiros.
Está muito certo que a Sra. Buster seja citada uma vez por mês por Elsa Maxwell
E tenha dois psiquiatras: um em Nova York, outro em Los Angeles, para as duas "estações" do ano.
Está tudo muito certo, Mr. Buster ? o Sr. ainda acabará governador do seu estado
E sem dúvida presidente de muitas companhias de petróleo, aço e consciências enlatadas.
Mas me diga uma coisa, Mr. Buster
Me diga sinceramente uma coisa, Mr. Buster:
O Sr. sabe lá o que é um choro de Pixinguinha?
O Sr. sabe lá o que é ter uma jabuticabeira no quintal?
O Sr. sabe lá o que é torcer pelo Botafogo?

vinicius de moraes

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Quando eu disse ser egoísta, eu não quis dizer mesquinha e mão de vaca. Não acho legal quem não divide, não partilha, não estende a mão para o outro. Na verdade, acho o mínimo, não tem coisa mais deprimente que o egoísmo. Não dividir uma palavra, um gesto, um nada...Gosto dessa coisa, é meu é seu. Acho que o amor envolve um pouco disso, de troca de senhas, entregar a chave na mão, confiar plenamente, se não, qual o ponto? Eu parto do princípio que se não valer a pena, valeu ao menos, para dizer que não valeu a pena... no fundo, tudo um pouquinho vale a pena, nem que seja por um sorriso, ou por um sentimento novo de tristeza. Olha só, nem eu mesma sabia que isso me deixaria triste.. é, descobrir... Lembra que falei que felicidade não me traz inspiração? Não tenho muito o que dizer, se isso é bom ou não.. enfim, prefiro crer que sim.. Tenho que ir também, tanta coisa para fazer. Preciso repetir para mim mesma:
Você vai amanhã! Amanhã! Amanhã! fico me repetindo isso, só para acionar o gostinho da felicidade... a vida é boa sim, com amor, fernanda

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

again... again!

Eu queria um dia presenciar o medo de verdade, presenciar a dor de perto. Que tipo de desejo é esse? Eu ein. Eu queria me mandar para o Afeganistão ou quem sabe para Senegal, sei lá, qualquer choque seria bem-vindo. Eu quero algo totalmente diferente e inesperado. Eu queria sentir alguma coisa real, e não sofrer por medos e dores imaginárias. Não esses probleminhas sem pé nem cabeça que eu mesma criei para minha vida. Todos esses vícios que me cercam. E se eu abandonasse tudo e fosse viver na praia? É, detalhe que eu não gosto de praia... então nem adianta. Eu quero me colocar em novas situações, me sentir à frente do perigo, do risco, do sufoco. Será que assim é possível encontrar a luz? Que saída? Da onde? Me mostra a porta dos fundos, que quero sair de fininho. Virar porporina no ar, sem ninguém perceber.. Isso é impossível, não temos nem o poder de decidir sobre a nossa própria vida, claro que suicídio não é uma opção, digo algo mais concreto,tipo um cartório que você chega diz seu nome, data de nascimento e cpf e pede com a maior cara de pau : Por favor tem como cancelar a vida? Tô me desligando ok? A partir de hoje não existo mais..Beijofui! Ai seria a coisa mais normal, ouviriamos as pessoas comentarem:
-Você viu a Marizinha por ai esses dias? e a outra pessoa na maior calma e normalidade responderia:
-Pois é fiquei sabendo que a forte coitada pediu demissão da vida..
-Ah tá.
E encerrou, entende? Não é como " NOSSAAAAAAAA FULANO MORREU, SOCORRO, QUE HORROR, ERA TÃO NOVO, ERA TÃO VELHO, ERA TÃO GORDO, ERA TÃO FOFO, ERA TÃO ISSO OU AQUILO". Não importa ! Ninguém é fraco ou forte porque fez ou não algo.Peço,paremos de tachar as pessoas pelas suas atitudes. Eu falo por mim, que aparento ser agressiva, e no fundo sofro que nem um cão. Sofro por amor, assumo. Não acho isso brega. Às vezes assim,parecia até que ia rachar, esfalecer, que meu corpo ia simplesmente partir, porque não cabia dentro de mim. Todo esse peso, depois passa. Todo esse amor, um dia passa.A gente faz, vai, pede, implora, e depois diz para si mesmo 'NÃO, NUNCA MAIS'. É horrível ficar batendo na mesma tecla, ai decido, vou sofrer mas por outro motivo então... Eu tento me proteger, mas acabo me entregando, caindo de cabeça, e criando aqueles medos e problemas imaginários que eu falei, sabe? Então, eu queria um dia presenciar o medo de verdade, presenciar a dor de perto. Que tipo de desejo é esse? Eu ein. Eu queria me mandar para Moçambique..
ih!!!! Começa tudo de novo.
...
vicioso.
pensamento vai embora ou eu te mato, pode ser? obrigada.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

bem me quero, bem te quero

Eu repito essa frase que não é minha : NÃO PODEMOS CAUSAR MAL A NINGUÉM A NÃO SER A NÓS MESMOS. Será que dá para entender o espírito da coisa? Eu não quero bancar a Madre Teresa, mas eu realmente acho que nesse mundo o mal está ganhando de goleada. De nada adianta desejar o mal alheio: não vai atingir.Muito pelo contrário,basta perceber que vai voltar tudinho para você, e no fundo vai te corroer, a culpa vai te matar.Ou você acha que sacaniar os outros só traria benefícios? Sempre há consequências..E nesse caso, a pena é maior ainda,você sente raiva, ódio e todos esses outros sentimentos ruins.. A troco de que? Te conto,que o ódio não é o oposto do amor, é também um ramo de sentimento e você se desgasta. A indiferença sim, e a apatia, te trazem paz, caso não goste de alguém. E não tenho dúvidas, não temos a capacidade de machucar ou mudar a vida de ninguém, no fim estaremos machucando e mudando a nossa própria vida. Não gosto dessas filosofias de vingança e planos maléficos para estragar algo ou alguém. E percebo muito isso nas pessoas, como se fosse comum desejar o mal aos outros. Meus caros, não é, ninguém tem esse poder. Hoje, não permito mais que ninguém tome conta dos meus sentimentos, ninguém mais é capaz de despertar a raiva em mim.Se não sentiria que estou vivendo para essa pessoa.. Até acho que podemos sentir vontade de vingança, isso é natural do ser humano, mas ai você vai lá, e age? Pensa e faz algo maldoso? A que ponto chegamos? De simplesmente sacaniar o outro para ver a infelicidade alheia? Sinceramente, isso me entristece. É tão óbvio,o mandamento é tão simples : Amai-vos uns aos outros.
Sem querer citar religião, mas eu acho que as vezes dá uma ligação para essas cabeças ocas por ai. Se alguém me magoar, se alguém me fizer chorar, se alguém me bater,se alguém me fizer sofrer.O problema é desse alguém, e não meu. Eu rezo, pedindo piedade dessas alminhas tão pequenas, remoendo raivinha e competindo moedinhas.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Eu falando dela, ela falando de mim

É até engraçado esse sentimento, as vezes tenho medo de que seja assim mesmo, com todo mundo, e no fundo você nem seja nada de especial não. Vão te partir o coração ao meio, arrancar suas tripas e te fazer viver em vão. Disse isso só para chocar, nem preocupa comigo não.Porque na verdade ninguém é todo mundo. Então é assim? A gente vive, sofre, chora, ri, fica alegre, e depois vive,sofre e chora...?Ciclo vicioso. Pensei que com 18 anos a gente ficava adulto e entendia que a vida é assim mesmo. Poor you. Poor me. Cada dia é um sentimento diferente, e não consigo nem dar nome para eles. Sei que não é felicidade. Mas ao menos um bem estar, então... Te perdooei, sabia? Parece que está mais leve agora, e pode começar a sorrir de novo. Gosto de te ver assim, como quem não quer nada, só para lembrar as vezes que a vida é boa sim. Te esqueceu do mais óbvio e foi procurar nos lugares errados. Volte atrás. Eu te aviso, te grito : NÃO É MUDANÇA EXTERNA. Mas vem cá, eu to começando a achar que é um pouco também. Se tudo a sua volta mudar, você vai simplesmente ver passar?( diz que não por favor, comprove para mim que ainda existe um lado vivo em ti). Eu vou, tô lá, que tal? Sem pressa, sem preguiça, mas sem medo é impossível. Acho que é natural ter medo do desconhecido...Pode ser que seja horrível, mas tem o outro lado, lembre-se: pode ser que seja genial. E vou torcer por você. Vou torcer por mim. Por nós. Para que seja muito mais que demais. E esse sentimento tá sendo novo, a subida tá vindo mais rápido do que eu mesma esperava. Olho para trás, e estou te deixando. É, as várias que me habitam. Estou aprendendo a ouvir, e calando cada vez mais...Olha bem o que diz, a gente fala e esquece, mas quem ouve nunca esquece não. Minha mãe sempre me disse que a palavra tem força.Então por que não? É preciso ouvir as pessoas que gostam de ti, te aconselharem. É preciso mudar o ponto de vista as vezes, isso não é sinal de falta de personalidade, é sinal de mudança. E mudanças são sempre bem-vindas. Te dou um abraço,bem apertado e um tchau prolongado. Sabes que aqui tem casa, caso queira retornar. Por agora, vai pro mundo. Pé na estrada.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

abre alas,

Cansei de ver aquele texto aqui, quero algo mais meu agora. É tão engraçado que quando estou triste tenho mais sensibilidade para encontrar inspiração e vir escrever. Ai quando tudo parece caminhar, não sei o que dizer, a gente perde o chão mesmo quando está bem. E deveria ser o contrário, ou não? Penso eu. Estou rouca tem 4 dias, ou melhor sem voz, ela começou a voltar hoje. E o quão feliz fiquei de me ouvir novamente. Percebi que sou totalmente da comunicação, preciso falar para elaborar, preciso dizer o que penso, juro, me levou a loucura esses dias. A LOUCURA. Eu quase pude prever que aquela historia de abre alas para minha folia em plena quinta-feira chuvosa e fria, ia dar nisso : voiceless. Mas tá bom, abusei, mas foi bom. Fazia tempo que não me sentia assim, nem me lembrava que essa parte ainda podia sentir algo dentro de mim. Quero deixar claro, que tenho tentado, se pudese eu vendia, a preço de custo, ou melhor, dava, jogava, escarrafa e cuspia na cara de um qualquer que quisesse levar esse fardo para bem longe de mim. Não, não, não. Cada um com sua história. Quase esqueci que ia vender o fardo e depois pegar outro, quase que bem parecido, tipo karma sabe como? Te persegue. Vou falar viu,nem eu te entendo mais garota. Por enquanto então, me dá uma coca-cola com muito gelo para florescer as idéias e me acalmar, e pode saindo da frente e abrindo alas para minha folia, já está chegando a hora. Não é assim que diz a canção? Abre alas para minha bandeira. E sabe do que mais? Hoje mando beijos.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

"Nunca estive tão ruim em toda minha vida. Um dia o suicídio passou pela minha cabeça. Rapidamente. Queria tomar alguma coisa para desmaiar. Não sentia prazer em estar vivo. Nunca entendi o suicida. Achava uma covardia. Aí eu entendi...

Eu não tenho vergonha de ser triste..
Eu sou muito romântico e me defendo muito com o meu lado agressivo...
Eu choro muito sozinho, nunca consegui chorar na frente de ninguém... Às vezes, minha mãe brigava comigo... e eu esperava ela sair para chorar. Sozinho, de noite, tem vezes assim, que ao invés de rezar eu fico chorando...
O tédio é o sentimento mais moderno que existe, que define o nosso tempo. Tento fugir disto, pois tenho uma certa tendência ao tédio...

Eu tenho um lado que leva as coisas muito a sério. Eu pareço ser uma pessoa que não leva nada a sério! E o que me salva na minha vida é que eu não consigo levar esse meu lado sério tão a sério...

Sinto pouco o desejo de vingança. Sou muito critão nesse aspecto, no sentido da compaixão, da piedade, tenho pena das pessoas. Quando alguém me sacaneia, penso: 'coitada daquela pessoa'. Não estou dando uma de grandioso, mas não sinto vontade de me vingar, de devolver...

Em relação a minha vida, o que fica é uma busca muito grande da felicidade...
Eu consegui ver que eu mereço ser feliz, porque eu achava que não merecia. Eu era muito culpado, por isso fiquei mal, não conseguia ser feliz...
Eu acho que agora, mesmo nos meus momentos de tristeza, vai ser diferente, mudou uma coisa, consegui dar um clique e descobri uma base de felicidade e a partir daí é que sigo em frente...Eu estou aprendendo a ser feliz. Tem que se educar. Que nem você tem que aprender a ler, a escrever, tem que aprender a ser feliz. Eu só vou parar no dia que eu morrer".

trechos de alguns depoimentos de Cazuza- 1988 e 1989

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

e a saúde, como vai?

Não tem nada mais irritante do que estar impossibilitado fisicamente de fazer algo,você quer fazer mas seu corpo simplesmente se nega. Além do mais eu me sinto culpada quando fico doente. Parece mesmo que meu corpo está gritando e pedindo soccoro, me mostrando o quanto eu não estou cuidando bem dele. Tenho vontade de pedir desculpa e me comprometer a aprender a pedir licença.Me esqueci que ele também podia falhar,e eu aqui,só abusando do pobre coitado.Mas comigo não é nada sério, só a gripe, de sempre. Mas ontem, assistindo a entrevista do José Alencar, me fez parar para pensar em várias coisas. Uma delas é: Até onde eu iria pela minha vida? Será que eu suportaria?Eu bem sei como eu sou fracote e intolerante a dor, se tivesse com câncer já tinha desistido há séculos.( que horror!) Eu não teria tanta força de vontade que nem ele, que luta há 20 anos contra um câncer dos infernos. Câncer é muito sério. Doença é coisa séria. Saúde é coisa séria. Sempre ouvi isso e achei cliclê, mas espero lembrar-me disso mais vezes. Não dá para brincar.
Eu sempre gostei do José Alencar( confesso que um pouco na peixada, por causa do Lulinha, mas não vou ficar levantando banderia aqui hoje), mas ontem na entrevista fiquei impressionada com a sua inteligência e determinação. Ele tem uma visão muito clara do Brasil, e de política. Tem 79 anos e aparentemente enxuto e contente. Não sei nem porque estou vindo falar dele aqui hoje, mas queria mudar um pouco os assuntos desse blog.
Além do mais,me chamou a atenção, ele falou muito da humildade e sua importância. Falou de termos clareza e transparência na vida. Ele é filho de fazendeiro, lá do interior de Minas Gerais, e disse que quando ele era moço e estava indo embora de casa para trabalhar na cidade, seu pai lhe disse uma frase que ele nunca mais esqueceu : " O importante não é partir, mas sim, poder voltar". O próprio José Alencar disse que naquela época não fez sentido, pois ele pensou " poxa, eu mal me vou, e meu pai quer que eu volte". Mas que hoje, depois de anos, ele entende, ele conseguiu entender o que o pai tentou dizer através dessa frase. Eu acho que eu entendi o sentido, porque se você só partir e partir, e deixar sempre tudo para trás, como retornará a um amigo? a um amor? a uma familia? a uma cidade? a um tempo? Devemos deixar as portas abertas. Eu penso, a gente nunca sabe o que pode acontecer, e pode-se precisar no futuro. Realmente eu concordo com essa frase.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

sapato

Eu sou esse sapato , que um dia já foi bonito e novo,
No começo era querido e incomodava um pouco,
Eu nao tenho vontade própria, andei por onde me levaram,
E enquanto fui útil,fui brevemente feliz, nos pés de qualquer um...
Fiz calos, e acabei machucando sem querer, aos poucos foi acostumando...
Com o passar do tempo meu couro foi ficando frouxo, minha tinta ja descascava e minha fivela esta quebrada.
Gostava quando me usavam,ficava quentinho por um tempo. De tanto andar, desgastei.
Não consigo me livrar dessa velhice, por mais que tentem me engraxar ou me limpar.
A quem estão tentando enganar? Passou. Não sirvo mais, fui jogado de lado, chutado e esquecido, e me vejo no chão,
e infelizmente, é onde eu realmente deveria estar.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

40 anos aos 20

será que dá para ser normal Fernanda?
Parar um pouco de transitar pela tristeza suicida, e logo depois cair de cabeça na alegria exacerbada? Isso não é coisa nova, já sabes há muito tempo, pois há muito que procura teu mundo, e não encontra,há muito que deixa a dor entrar em teus poros, morar no seus órgãos e instalar-se em suas células. Não consegue reagir,fica ali parada. Apatia. Sua fragilidade é tanta, que mesmo com os olhos arregalados parece não enxergar. É incapaz. Te fizeram assim, pré destinada( a ser feliz?). Cadê então? Se os sons tornam-se cada vez mais distantes. Aos poucos tudo foi perdendo a forma, a realidade já não me acrescenta nada, os dias arrastados. Escuto me chamarem e creio que até Deus me grita, e parece que não posso escutar mais, nem meu próprio grito me intimida. Perdeu o brilho e a cor, nem o sorriso falso convence mais, nem a ti mesmo, convence mais.Parece insaciável.A existência é incapaz de satisfazer essa alma, que me habita, é tão tudo ou nada. Tento jogar tudo fora, pedaços e crenças, fico agoniada, minhas forças ficaram fracas de repente.Fico admirando, vendo tudo passar, como quem chegou aos 40 anos. Não é desilusão,quem sabe ainda não tenho a vida inteira para ser feliz. Quando tudo parece não ter mais sentido, vem a dor me lembrar, que até ela mesma é prazerosa, me faz sentir algo, e é melhor que nada. Sentir!Sentir! Até quando não avisa, eu já sou acostumada com essa solidão feliz, me faz companhia, temos até uma amizade sabia? Bato no peito e penso : Será que dá para ser normal Fernanda?

e uma voz baixinha suspira: quem sabe em outra vida.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

não se afobe não, que nada é pra já

Eu acho que eu poderia ficar muito brava com o que me ocorreu, mas e daí? O relógio continua tic-taqueando e ainda há tempo. Muito tempo, de perdoar a si mesmo e ainda cometer o erro de novo, em uma só vidinha. Mas não, dessa vez, em hipótese alguma, vou bater na mesma tecla. Hora de mudar o disco, acontece que para falar a verdade meus dias tornaram-se cada vez menos produtivos, dormir tornou-se essencial,a primeira e maior vontade, economia e teoria literalmente as últimas. Tá tudo invertido. O que era o maior legal tornou-se chato, quase de galochas de tão insuportável. Uma busca desenfreada, por algo que talvez nem exista, cansei, toda vez que me encontro, descubro que estou de mudança.Essa vista que meus olhos não querem ter, esses prédiozinhos todos enfileirados, idênticos e antigos.E mesmo que seja uma vista linda, tipo torre eiffel, é como olhar para o sol e só ver janela e cortina. Nada ilumina. Mil perdões Juscelino K. e Oscar N. mas eu nem acho a obra de vocês tão moderna assim. E olha quem fala né, mas modernidade nem sempre é tão descolado assim. Mas quem poderia dizer que ia ser assim, apriori, a idéia era uma sociedade mais justa,eu concordo, a intençao foi boa. Assim, como as minhas intenções. No fundo, eu nunca quis magoar ninguém, nem a mim mesma.Não entendo o tipo de sociedade que estão querendo nos ensinar, essa crise é óbvia aos 13, mas poxa eu já tenho 20 e isso ainda me pega. Não há espaço para tristeza, nem para lerdeza; é tudo muito rápido,só na busca dos resultados. Parece uma bomba, que a todo minuto esta prestes a explodir. Eu te explico, esse negócio de respeito é mesmo coisa difícil. Talvez seria mais fácil simplesmente não saber de nada, nem do sentir. É um abismo o sentimento, sou sem limites para tudo, para o amor, para a felicidade, para as dúvidas, para a alegria, para fazer o que eu quero na hora que eu quero ( costumo dizer que isso é um pouco de desespero), mas essa coisa limiteless de ser, é ser sem limite para a dor também. Totalmente sem limite, e isso vai acabar com você. Se não tem ninguém a quem culpar, para quem sobra a culpa? Exatamente, isso vai acabar com você. E não, não se afobe não que nada é pra já, mágica nao existe, é necessário trabalho árduo, nesse mundinho moinho.Olha aqui,vai e diz,que é fraqueza, que é tristeza, que é por incerteza,que é por depressão, ou por opção. Pode alegar que todos esse foram os motivos,mas eu não vou mais na contramão de mim mesma. Agora sou eu primeiro, eu segundo e eu terceiro.Antes egoísta, que infeliz.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

se não sou eu, quem mais?

quem mais, quem mais, quem mais vai poder decidir o que é bom para mim? nesse ponto, concordo com os los hermanos, dispenso a previsão. Obrigada.
-Alô?
-Oi, quem é?
-Sou eu, to ligando só para desejar boa viagem, você vai agora as 18h não é?
-Sim, sim.. Que número é esse que você tá ligando?
-É que eu to no trabalho, por isso to com a voz meio séria também, se não ia gritar " curteeeeeee muuuuuito mano" hahaha mas como não posso, vai hihihi risinhos suspirados e baixinhos.
-Tá bom, eu entendo, obrigada por ligar, bom feriado para você aqui então, vou sentir saudade a até a volta.
-Aproveite muito!Até a volta, te mando um beijo.
SURTO. MOMENTO DE SURTO. Toda vez a mesma ladainha, eu me despedindo de alguém que está( felizmente) indo embora dessa cidade quadrada e chata, e eu? eu aqui oras bolas. Sem nem mover.. Tá que hoje é quinta, e o animo não tá dos piores. Mas acontece que eu sinto uma certa invejinha de quem está indo embora, é tão bom por o nariz para fora. Eu bem sei.. Eu viajei em julho, então nem deveria estar subindo pelas paredes assim. E to indo viajar daqui 1 mês, sabia? É, nem tudo é tão infernal assim. Depois de choro, sofrimento,arrependimento e todos aqueles sentimentos ruins( alguns nomeáveis), eu em sã consciência resolvi hit the road. Eu mesma repito que só o sofrimento constrói, mas isso seria um tanto triste dizer. Mas é o que eu penso. A felicidade não faz a gente crescer. Mas na verdade ela nem é tão palpável assim.
Eu devo desculpas, a você, e a mim. Então não me leve a mal, mas eu realmente preciso ir. Não é falta de amor, eu amo todo mundo aqui. Tá, eu não amo essa esplanada nojenta e tem bem umas pessoinhas que eu poderia chamar de inimigos, mas o ego não permite e não vem ao caso. A questão é que, não fica com raiva, eu não estou abandonando ninguém, mas se eu ficar, ai sim, se eu ficar, eu vou estar abandonando muita coisa. Dá para entender? O inesperado.

"...é claro que a vida é boa,
eu tenho tudo para ser feliz, mas acontece que sou triste..."
é, v. de moraes eu concordo com você, mas essa fase, esse capítulo, ou melhor esse livro na minha vida acabou!!!! Entregou os pontos, deu meia volta e tá lá beirando a esquina já. foi um adeus rápido e leve, daqueles vai e some, quase gritei "espero não esbarrar mais com você" recado dado.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

and so it is...

aqui estou eu, começando meu blog, finalmente... disse para a Pauline e para a Clara que ia fazer, e nunca fiz. Mas como tenho paixão por escrever, mesmo que nada elaborado, aqui está meu blog para quem quiser me acompanhar. As coisas mais pessoais, vou deixar só no meu diário mesmo, afinal nem tudo é tão "publicável" assim né? haha É meus caros, nem tudo são flores, e já é quase novembro. E eu acho ótimo que esteja chegando um novo ano, talvez isso não mude porra nenhuma, mas vai ser fácil ser melhor que 2009. * screaaaaaaaaaaaaaam !*

inútil fugir, inútil resistir, inútil tudo.