terça-feira, 29 de dezembro de 2009

dando meia volta, caminho conturbado

E se sim, chegaste ao fim, quem sabe onde queria, desejou, e ate mesmo rezou para estar. Nao e o que te parecia? Estava totalmente enganada, no fundo, sabia, que era mais uma invencao maluca, afinal, nesse meu mundo, ao menos de monotonia nao se morre. Preferia morrer afogada, do que entediada. E aquela historia do preco, que a Danuza falou ali embaixo. Qual a gente esta diposto a pagar? Podemos ter todo o dinheiro do mundo, mas nao a liberdade. Ou podemos ser pobres, e ter toda a liberdade. Ou os dois? Ou nenhum? E isso ai. Qual a gente esta disposto a pagar? Eu pensei que o preco seria mais baixo, eu mesma tabelei ele alto demais, e agora estou penando para pagar. As minhas escolhas nao sao as mesmas, mas me levam sempre para o mesmo final, todos uma tragedia, obviamente. Se nao, minha historia ja tinha virado romance no cinema, ou desenho animado da disney. Nao posso culpar o destino, o universo, ou Deus por nada, todas as escolhas foram minhas, o que torna o fardo maior ainda de carregar. E essa tal felicidade, que eu chamo e busco, claro, totalmente desconhecida, nao tenho ideia por onde deve andar. Parece que esta cada vez mais distante , e nem correndo, consigo alcanca la.
Esse ano chegando ao fim, muito mais rapido do que eu mesma imaginei. Tenho sempre a impressao que o tempo passa muito devagar, as horas, os minutos, sempre arrastados... os dias, as semanas, os meses, entao... ah! nem me fale. E olha so, aqui estamos, sem idealizacoes para esse novo ano, sem expectativas. Nunca sei o que e pior, te las e se frustar, ou nao te las, e se conformar com qualquer coisinha que nos cruza o caminho. Vamos tentando aprender, vamos nos educar a ter paciencia.No meu caso, eu digo. Estou com pressa para que, minha gente ? Aonde estou indo? Eu realmente achei que fosse ser diferente, da ultima vez que estive aqui, me mudou completamente, voltei com outra cabeca,e muito, muito, muito mais animada. Talvez, eu nao tenha mais o que mudar em mim, ja conheco todas as faces que sou capaz de ter,e desculpe a pre potencia, mas conheco todas as faces que o mundo pode me mostrar tambem. Entao, nada novo. Conheco os caminhos de cor e salteado, e os finais entao, super batidos. Apesar de aventurados, muito cliche essa vida nossa.Todas essas reclamacoes e ambicoes. Quem do fundo do coracao nao quer ser feliz, afinal. Mas quantos tem coragem de bancar essa felicidade, e pagar o preco necessario para te la? Quero um dia fazer as coisas, e conseguir bancar minhas decisoes. Ou sera que sofro, porque ja estou bancando? Bem contraditorio. Eu sempre penso que vou conseguir fazer algo, e no fim, descubro que e pesado demais para mim. Prefiro ficar mais leve, na rotina, dentro da minha bolha, onde eu consiga alcancar minhas necessidades, que sao sempre muitas. Me tornei uma estranha para mim mesma. Pensei mesmo que ia me fazer bem, mas como poderia prever? Tento dialogar comigo mesma, e me implorar: Nao se culpe, nao negue, caminho conturbado, certo? De meia volta, e vamos pegar o atalho. Sendo assim, quem pode saber onde as coisas vao parar. Depende, eu prefiro pagar o preco para ver. E voce?

domingo, 20 de dezembro de 2009

" Abriu-se uma nova vida para mim. Podia sair a hora que quisesse, ir para onde quisesse, voltar na hora que quisesse, essas coisas tao banais, mas tao importantes. Minha liberdade era total;procurei tirar da cabeca os ultimos anos que tinha vivido e me preparei para outra etapa. Nao sabia o que me esperava,mas,fosse o que fosse,estava firmemente decidida: a partir daquele momento, a unica dona de minha vida seria eu. Mas essas determinacoes tem um preco: houve(e ainda ha)longos momentos de solidao,sem ninguem com quem dividir dores e alegrias;houve dias em que eu olhava para o telefone esperando que ele tocasse,para nao me sentir tao so.Mas cada um e de um jeito, e o meu, e esse, e nao me arrependo. Afinal, a escolha foi minha".
danuza leao

enquanto a inspiracao nao vem, fico colacando textos e poemas de outras pessoas que eu gosto. No fundo, nao tem nada que eu possa escrever que ja nao tenha sido escrito. Nao ha nada que eu possa sentir, que ja nao tenha sido sentido, e por ai vai ... e so para deixar claro, eu sei escrever com acento, mas o notebook esta todo desconfigurado, entao vai assim mesmo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Este poema é dedicado a um americano simpático, extrovertido e podre de rico, em cuja casa estive poucos dias antes da minha volta ao Brasil, depois de cinco anos de Los Angeles, E.U.A. Mr. Buster não podia compreender como é que eu, tendo ainda o direito de permanecer mais um ano na Califórnia, preferia, com grande prejuízo financeiro, voltar para a "Latin America", como dizia ele. Eis aqui a explicação, que Mr. Buster certamente não receberá, a não ser que esteja morto e esse negócio de espiritismo funcione.

Olhe Aqui, Mr. Buster

Olhe aqui, Mr. Buster: está muito certo que o Sr. tenha um apartamento em Park Avenue e uma casa em Beverly Hills. Está muito certo que em seu apartamento de Park Avenue o Sr. tenha um caco de friso do Partenon, e no quintal de sua casa em Hollywood um poço de petróleo trabalhando de dia para lhe dar dinheiro e de noite para lhe dar insônia. Está muito certo que em ambas as residências o Sr. tenha geladeiras gigantescas capazes de conservar o seu preconceito racial
Por muitos anos a vir, e vacuum-cleaners com mais chupo
Que um beijo de Marilyn Monroe, e máquinas de lavar
Capazes de apagar a mancha de seu desgosto de ter posto tanto dinheiro em vão na guerra da Coréia.
Está certo que em sua mesa as torradas saltem nervosamente de torradeiras automáticas
E suas portas se abram com célula fotelétrica. Está muito certo
Que o Sr. tenha cinema em casa para os meninos verem filmes de mocinho
Isto sem falar nos quatro aparelhos de televisão e na fabulosa hi-fi
Com alto-falantes espalhados por todos os andares, inclusive nos banheiros.
Está muito certo que a Sra. Buster seja citada uma vez por mês por Elsa Maxwell
E tenha dois psiquiatras: um em Nova York, outro em Los Angeles, para as duas "estações" do ano.
Está tudo muito certo, Mr. Buster ? o Sr. ainda acabará governador do seu estado
E sem dúvida presidente de muitas companhias de petróleo, aço e consciências enlatadas.
Mas me diga uma coisa, Mr. Buster
Me diga sinceramente uma coisa, Mr. Buster:
O Sr. sabe lá o que é um choro de Pixinguinha?
O Sr. sabe lá o que é ter uma jabuticabeira no quintal?
O Sr. sabe lá o que é torcer pelo Botafogo?

vinicius de moraes

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Quando eu disse ser egoísta, eu não quis dizer mesquinha e mão de vaca. Não acho legal quem não divide, não partilha, não estende a mão para o outro. Na verdade, acho o mínimo, não tem coisa mais deprimente que o egoísmo. Não dividir uma palavra, um gesto, um nada...Gosto dessa coisa, é meu é seu. Acho que o amor envolve um pouco disso, de troca de senhas, entregar a chave na mão, confiar plenamente, se não, qual o ponto? Eu parto do princípio que se não valer a pena, valeu ao menos, para dizer que não valeu a pena... no fundo, tudo um pouquinho vale a pena, nem que seja por um sorriso, ou por um sentimento novo de tristeza. Olha só, nem eu mesma sabia que isso me deixaria triste.. é, descobrir... Lembra que falei que felicidade não me traz inspiração? Não tenho muito o que dizer, se isso é bom ou não.. enfim, prefiro crer que sim.. Tenho que ir também, tanta coisa para fazer. Preciso repetir para mim mesma:
Você vai amanhã! Amanhã! Amanhã! fico me repetindo isso, só para acionar o gostinho da felicidade... a vida é boa sim, com amor, fernanda

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

again... again!

Eu queria um dia presenciar o medo de verdade, presenciar a dor de perto. Que tipo de desejo é esse? Eu ein. Eu queria me mandar para o Afeganistão ou quem sabe para Senegal, sei lá, qualquer choque seria bem-vindo. Eu quero algo totalmente diferente e inesperado. Eu queria sentir alguma coisa real, e não sofrer por medos e dores imaginárias. Não esses probleminhas sem pé nem cabeça que eu mesma criei para minha vida. Todos esses vícios que me cercam. E se eu abandonasse tudo e fosse viver na praia? É, detalhe que eu não gosto de praia... então nem adianta. Eu quero me colocar em novas situações, me sentir à frente do perigo, do risco, do sufoco. Será que assim é possível encontrar a luz? Que saída? Da onde? Me mostra a porta dos fundos, que quero sair de fininho. Virar porporina no ar, sem ninguém perceber.. Isso é impossível, não temos nem o poder de decidir sobre a nossa própria vida, claro que suicídio não é uma opção, digo algo mais concreto,tipo um cartório que você chega diz seu nome, data de nascimento e cpf e pede com a maior cara de pau : Por favor tem como cancelar a vida? Tô me desligando ok? A partir de hoje não existo mais..Beijofui! Ai seria a coisa mais normal, ouviriamos as pessoas comentarem:
-Você viu a Marizinha por ai esses dias? e a outra pessoa na maior calma e normalidade responderia:
-Pois é fiquei sabendo que a forte coitada pediu demissão da vida..
-Ah tá.
E encerrou, entende? Não é como " NOSSAAAAAAAA FULANO MORREU, SOCORRO, QUE HORROR, ERA TÃO NOVO, ERA TÃO VELHO, ERA TÃO GORDO, ERA TÃO FOFO, ERA TÃO ISSO OU AQUILO". Não importa ! Ninguém é fraco ou forte porque fez ou não algo.Peço,paremos de tachar as pessoas pelas suas atitudes. Eu falo por mim, que aparento ser agressiva, e no fundo sofro que nem um cão. Sofro por amor, assumo. Não acho isso brega. Às vezes assim,parecia até que ia rachar, esfalecer, que meu corpo ia simplesmente partir, porque não cabia dentro de mim. Todo esse peso, depois passa. Todo esse amor, um dia passa.A gente faz, vai, pede, implora, e depois diz para si mesmo 'NÃO, NUNCA MAIS'. É horrível ficar batendo na mesma tecla, ai decido, vou sofrer mas por outro motivo então... Eu tento me proteger, mas acabo me entregando, caindo de cabeça, e criando aqueles medos e problemas imaginários que eu falei, sabe? Então, eu queria um dia presenciar o medo de verdade, presenciar a dor de perto. Que tipo de desejo é esse? Eu ein. Eu queria me mandar para Moçambique..
ih!!!! Começa tudo de novo.
...
vicioso.
pensamento vai embora ou eu te mato, pode ser? obrigada.