domingo, 7 de fevereiro de 2010

Corre a água,
corre a lágrima,
pulando do meu olho,
corre meu socorro,
pra dizer, que assim não da pra ser,
que acho que prefiro morrer,
vai, e traz o fim,
junto com meu grito,
tao tímido, no teto, no chão,
ja ocupou todo o espaço,
perdido, sem força, em vão,
deu meia volta, e retornou,
nem a ti mesma, entimidou.
corre chão,
corre estrada, corre asfalto, encontra o céu,
para longe vai, longe assim de mim,
corre minha melancolia,
corre a chuva la fora,
e o choro desse alento, aqui dentro,
corre dor,
de descontentamento,
pro outro lado,
corre meu abandono,
meu sono,
que em cima ou embaixo da linha do Equador,
corre minha dor,
corre inquietaçao,
corre minha fiel lágrima,
corre a fumaça no meu pulmão
falta de ferro no meu corpo,
corre tristeza, que nasceu e morreu,
te fuzilou,
corre então, assim,
para o imenso, dentro de mim.

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