quinta-feira, 25 de março de 2010

não presta mesmo.

foi olhar pela janela, muito séria. Ouviu, mas não escutou o que eu dizia. Fez questão de entrar por um ouvido e sair pelo outro. Sabes que nao é bem verdade o que te disseram. Se ao menos pudesse falar, o que ja não entendem mais. Estas assim por que queres, e me segurei para não explodir. Porque ultimamente o negocio está feio pro meu lado. Já é a segunda vez que me levam esses papéis coloridos, que me pagam o cigarro, o café, e outras coisinhas mais. Você que o levou, não presta mesmo. Eu que marquei bobeira, devo nao prestar também.E o pior nisso tudo: é que o meu coração parece não prestar também. E agora deu para andar acelerado, quase que saindo pela boca, e acho que um dia sai mesmo. Olha aqui, eu te digo para aquietar-se, não adianta vir com essa de novo para cima de mim. Não adianta vir com esse papinho que estas bem, que ficaras bem, e que isso passará. Esse conselho não presta mesmo. Bem sabemos. E ja que é para chutar o balde, digo mais, esses sorrisos, essas danças, essas conversas, essas noites intermináveis, nada disso presta.
Minha cabeça esta menos avoada, assumo, colocando limites em você Sr. sem noção, inquieto e doente, vulgo você, que nao para de bater.
O universo que gira tanto, parece que sempre cai em mim, nao presta tambem não. As cores, as paisagens, as mudanças, tudo me remete ao mesmo. Desculpa o egoísmo, mas ja que ninguem presta mesmo, tenho que focar mais em mim. Depois de tudo isso que me foi feito, tenho que virar as costas e sair andando. Tudo que te foi feito o que ? Espero que não te vitimize, porque te foi feito, porem fizeste tambem. Espero que esses ali, e os daqui, e também os de lá, façam bom proveito do dinheiro que me roubaram, e mais, façam bom proveito da paz que me levaram. Sim, da alegria, da fé que eu um dia tive nas pessoas. Percebi, que não presta mesmo. Sem mais dramas, e delongas aqui, afinal nem isso presta mesmo.

segunda-feira, 22 de março de 2010

estaca zero.

E se me perguntarem, eu falo mesmo. Se nao quer saber nao pergunta. Preciso aprender a calar a boca. Andas falando demais, bem sabe. Voltamos a estaca zero, da permissao ao limite. Nao me diga que queres o meu bem, te juro que eu tambem, apesar de nao parecer. Nao sei o que foi feito, o que foi dito, mas algo realmente mudou, e nao me pergunta se foi para melhor ou pior, porque depende do ponto de vista. Mas quer saber do meu? Foi para melhor. Pelo menos por um tempo mudar a vitrola. E parece que dei um stop e agora apertei play, tudo na mesma coisa de sempre, e tambem o que mudaria? Para onde vamos agora? Ja procuro meu proximo destino. Gente inquieta e assim, parece uma doenca, tem formiga no pe, asa nas costas, ou sei la que raio que parta, mas nao pode ser normal. Tive que aceitar de uma forma ou de outra, vou ter que conviver comigo mesma para sempre. Me pergunto cade o meu medo entao, esse no qual eu vivo comentando,porque na hora de dar a cara a tapa, sou a primeira a pedir pelo soco, e depois reclamar que o nariz esta sangrando. E entao voltando a estaca zero, preciso reinventar, tentar criar um novo comeco, tentar atuar no meu proprio palcozinho e fingir para mim mesma que as coisas podem ser diferentes. Diferente como? Quero pegar o primeiro aviao. Perguntar qual o proximo destino e sem nem sabe-lo, embarcar. Pra bem longe daqui, pra bem longe de ti, para bem longe dessa pessoa, que eu me tornei aqui. Adeus!

sexta-feira, 19 de março de 2010

branco,preto,branco.

Do cinza para o branco,
do branco para o preto,
andando vai,
e se pensar, há motivos para sofrer e esperniar,
por isso, não penso, desvio o pensamento,
para o infinito azul que seja,
branco silencioso,
ou o preto inquieto,
mas na minha dor, eu não penso.
Aos poucos, vou me defendendo e fugindo,
até que ela não me encontre mais, me perca de vista,
tenha medo de mim, e não mais encontre um caminho de volta.
Do preto para o branco,
peço que fique.